Lichia: quem ainda não provou tem até o final de janeiro para apreciar a fruta
Confira dez curiosidades sobre a fruta
Os supermercados estão com as prateleiras cheias de uma frutinha
que caiu no gosto dos brasileiros, a lichia. Originária da China, a fruta pode
ser encontrada nos pontos de comercialização até o final de janeiro, quando
termina sua colheita.
Excelente fonte de vitamina C
Nutricionistas da Coordenadoria de Desenvolvimento dos
Agronegócios (Codeagro), da Secretaria, afirmam que a lichia é uma excelente
fonte de vitamina C e rica em ferro, cálcio, fibras e potássio. Possui
propriedade anti-inflamatória, por meio disso previne os problemas cardíacos,
atua no controle da pressão arterial e melhora a saúde intestinal. Sua polpa
gelatinosa é adocicada, de agradável sabor e pode ser consumida in
natura ou em sucos.
10 Curiosidades sobre a lichia*
1. A lichieira é originária da China, na sua região subtropical da
província de Guangdong. O termo “litchi” ou “Li-zhi” vem do dialeto chinês e
originariamente significava a propriedade de “ser destacada do galho”. Com o
tempo, se descobriu que esse nome também se referia à propriedade de
ocorrer uma rápida deterioração dos frutos após a colheita.
2. A lichia é da família das “sapindaceae”, termo proveniente do
latim “Sapindus” e significa sabão da índia, pois “sapindus” provém de “sapo” =
sabão e “indus” = Índia, devido à presença de saponinas em seus frutos.
3. O cultivo da lichia está por todo o mundo, sendo descrita desde
1.500 anos antes de Cristo pelo povo Malaio e já há milhares de anos cultivada
na China. A lichia foi registrada em Madagascar (1.802), no Brasil (1.810), na
Austrália (1.854), no Havaí (1873), na Flórida (1.880), na Califórnia (1.897).
Os principais produtores mundiais são a China, o Vietnã, a Tailândia, a Índia,
Madagascar e a África do Sul. No Brasil, as variedades de lichieiras são, predominantemente,
Bengal, Brewster e Americana, e a comercialização dos frutos iniciou-se somente
na década de 1970.
4. A lichia possui nutrientes essenciais e micronutrientes, bem
como diversos minerais, dentre eles o potássio, magnésio e fósforo, e
vitaminas como riboflavina (B2), niacina (B3) e tiamina (B1) e, especialmente,
vitamina C, além de ter atividade antioxidante.
5. Em média, cada 100g de lichia contêm cerca de 65
calorias. Seus valores nutricionais médios são de 0,8g de proteínas, 0,4g de
gorduras, 16,3g de carboidratos, 2g de fibras e 10mg de cálcio. Esses
valores são médios, tendo em vista a condição de produção de cada cultivar e
também de cada espécie. A riqueza de potássio e fósforo na lichia são
superiores aos do pêssego, da laranja, da uva, da maçã e do morango. Os teores
de fósforo da lichia são comparáveis aos da banana e os teores de vitamina C
são comparáveis aos da laranja, do limão, da carambola, da tangerina e do
maracujá.
6. Na gastronomia, a lichia é utilizada fresca, enlatada,
desidratada, processada em sucos, vinhos, licores, picles, aguardentes,
caipirinhas, compotas, gelatinas, iogurtes, sorvetes, tortas, bolos e uma série
infindável de usos que dependem somente da criatividade.
7. A pitomba, muito consumida no Nordeste brasileiro, possui
frutos bastante atraentes e são da subfamília “Nepheleae”, da qual a
lichia faz parte. São, por assim dizer, parentes próximas.
8. A lichieira é uma árvore rústica e longeva. Exemplares com mais
de 1.200 anos ainda florescem e dão frutos, atingindo de 10m a 12 m de
altura e, às vezes, até 20m em espécimes mais antigos.
9. A desidratação dos frutos é considerada a principal causa da
rapidez com que o fruto apodrece. As microrrachaduras que ocorrem na
superfície da casca aceleram o processo de desidratação e o consequente
escurecimento dos frutos. Estudos sobre pós-colheita ainda precisam ser
aprofundados.
10. Os chineses são potenciais importadores de lichia brasileira,
uma vez que as datas de colheitas não são coincidentes.
* (Fonte: Portal Lichias.com)